El Niño e La Niña: entenda seus impactos no Brasil

Entenda como os fenômenos El Niño e La Niña afetam de forma diferente as regiões do Brasil

A frequência e severidade dos fenômenos climáticos afetam diretamente o trabalho do produtor rural, tornando a atividade da agricultura ainda mais complexa.

Como exemplo disso está o El Niño de 2015/2016, o mais severo dos últimos 20 anos, o que resultou em impactos enormes na produção de alimentos no mundo.

A intensa relação da agricultura com esses fenômenos climáticos despertam o interesse sobre seu surgimento, características e os impactos que causam no Brasil.

Neste post explicaremos tudo para que você possa entender mais sobre este tema e como sua região é influenciada.

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O que são os fenômenos El niño e La niña?

El Niño e La Niña são padrões climáticos naturais que resultam de interações entre o oceano e a atmosfera. Ambos envolvem anomalias das temperaturas da superfície do oceano e da circulação atmosférica, resultando em extremos climáticos em todo o mundo.

Enquanto o El Niño consiste no aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial, a La Niña é o inverso, provocando o resfriamento do Pacífico Equatorial.

A figura abaixo, disponibilizada pelo NOAA Climate.gov, mostra em azul, temperaturas mais frias do oceano em relação a média histórica, em ano de La Niña.

Já em vermelho, representa o aquecimento do oceano em relação a média histórica, registrado em ano de El Niño.

Como se formam os fenômenos El niño e La niña?

El Niño

Em anos de El Niño os ventos de superfície na região equatorial, chamados de alísios, se enfraquecem e com isso todo Oceano Pacífico Equatorial se torna mais quente, gerando evaporação e formação de nuvens de chuva. Esse fenômeno faz com que a circulação atmosférica mude, alterando os padrões de chuva e temperatura em várias partes do globo.

La Niña

Em episódios de La Niña os ventos de superfície em todo Pacífico Equatorial são mais fortes que o normal causando o resfriamento da maior parte dessa região do oceano. Esse fenômeno, assim como o El Níño, perturba os padrões de circulação atmosférica, modificando a temperatura e a precipitação em várias regiões do mundo. Assim, os movimentos atmosféricos faz com que o Pacífico Ocidental, Indonésia e Austrália passam a ter grande quantidade de chuva, já na região centro-leste do Oceano Pacífico os movimentos descendentes do ar inibem a formação de nuvens.

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Influência do El Niño no Brasil

Os impactos do El Niño no Brasil são bastante diversificados, afinal nosso país possui dimensões continentais. Em algumas áreas produz secas extremas, em outras eleva as temperaturas ou pode provocar chuvas intensas em determinadas regiões.

  • Região Norte: Redução das chuvas no leste e norte da Amazônia, aumentando a probabilidade de incêndios florestais.
  • Região Nordeste: Secas de diversas intensidades nas áreas centrais e norte da região, as porções sul e oeste não são significativamente afetados.
  • Região Centro-Oeste: Não há efeitos pronunciados nas chuvas e na temperatura nessa região. Mas há tendências de chuvas acima da média e temperaturas elevadas no sul do Mato Grosso do Sul.
  • Região Sudeste: Não há padrão característico de mudança das chuvas, mas com aumento moderado das temperaturas médias.
  • Região Sul: Chuvas abundantes acima da média histórica e aumento da temperatura média.

Influência da La Niña no Brasil

  • Região Norte: Aumentos na intensidade da estação chuvosa na Amazônia, ocasionando cheias expressivas de alguns rios da região.
  • Região Nordeste: Chuvas acima da média na região, justificando enchentes no litoral nordestino.
  • Região Centro-Oeste: Não há efeitos pronunciados nas chuvas e na temperatura nessa região,mas há tendências de estiagem.
  • Região Sudeste: Não há padrão característico de mudança das chuvas e nem na temperatura.
  • Região Sul: Estiagem em toda região, principalmente no inverno.
Efeitos do El Niño e La Nina no Brasil
Efeitos do El Niño e La Niña no Brasil

Conclusão

Nesse contexto a agricultura é o setor da economia mais afetado. Além disso, os fenômenos climáticos expõem a complexidade dos desafios do produtor rural em tomar decisões no campo.

Para superar isso, uma das principais saídas é investir em tecnologias que o ajude a reduzir os riscos e produzir mais, com menos.

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