Sucessão familiar e tecnologia: uma oportunidade para o agronegócio

Atualmente, a agricultura é responsável por mais de 20% da riqueza econômica do Brasil, capaz de suprir toda a demanda interna e gerar excedentes para a exportação. Por isso, é de extrema importância que este setor acompanhe as mudanças tecnológicas que surgem e os jovens são os principais encarregados desse papel.

Apesar da idade média dos agricultores ser de 50 anos, é cada vez maior o número de jovens atuando no campo. Eles acompanham, desde cedo, o trabalho dos seus pais nas plantações e todas as técnicas que realizam para manejo, irrigação e gestão de solos, porém com um diferencial: a tecnologia, principal encarregada por aumentar a rentabilidade, qualidade e sustentabilidade das produções.

Esse processo de transição na agricultura, no qual os filhos assumem a propriedade dos seus pais, é conhecido como sucessão familiar e se constrói com base em três características: trabalho, propriedade e gestão. Ela não envolve somente a transferência patrimonial, mas a transferência do poder de decisão, de responsabilidade e de autoridade, pontos essenciais no comando de uma produção.

Um dos maiores atrativos para que os jovens agrônomos aproveitem a sucessão familiar é o uso das inovações tecnológicas, que aumentam as possibilidades de trabalho no campo e ampliam seus horizontes para continuarem nos negócios familiares. Além disso, as plataformas de agricultura digital e o uso de ferramentas de decisão, facilitam o trabalho do agricultor e melhoram o desempenho das vendas, incentivando diretamente as novas gerações, que buscam colher os benefícios das novas tecnologias utilizadas no campo.

A história do produtor Rafael Zanetti reflete exatamente todo esse processo de sucessão familiar. A fazenda de café, comprada pelo bisavô, pertence a família há quase cem anos e hoje em dia é gerenciada por ele e por seu pai. Rafael cresceu em meio às lavoura de café e desde pequeno acompanhou o pai na maioria das atividade feitas no campo, aprendendo todas as técnicas utilizadas, porém a maioria delas vinham de um manejo antigo e pouco preciso.

Após passar por algumas dificuldades, ele decidiu buscar por soluções melhores e modernas para sua lavoura, e acabou conhecendo o sistema da Agrosmart. Hoje, depois de mais de um ano utilizando as técnicas de irrigação, controle de chuvas e manejo, Rafael conseguiu melhorar a qualidade da produção e reduzir custos. Assim, o papel dele como um jovem agrônomo, foi de tentar encaixar a tecnologia e modernidade com a experiência antiga do seu pai, tendo como objetivo aumentar a produtividade e obter um café de melhor qualidade.

A história do Rafael é uma entre as diversas das que acontecem no campo e só comprovam que o crescimento da taxa e a velocidade da adoção de novas tecnologias, induzem as fazendas a continuarem a ser transmitidas pelas famílias. Além disso, os produtos gerados por essa agricultura oferecem a qualidade que os novos consumidores estão buscando, principalmente pelo fato de envolver uma maior sustentabilidade e valor agregado ao trabalho no campo, motivo que também atrai os jovens para a sucessão familiar.

Trabalhar com o tema de sucessão rural é um grande desafio atualmente e envolve analisar os diversos fatores que influenciam nas tomadas de decisões, além de preparar os jovens para agir, considerando as diferenças regionais como cultivos, clima, gênero, mercados e  tecnologias.