5 maneiras para produção de energia no campo
De forma geral, todas as formas de energia utilizadas na fazenda são avaliadas como um custo de produção por parte do agricultor.
Aumentar a produção e até mesmo a produtividade da área nem sempre é uma dificuldade, mas reduzir o custo de operação é um desafio grande, que pode parecer impossível ou uma tarefa demasiadamente grande para ser atacada.
No entanto, existem muitas formas de produzir energia em pequenas quantidades para auxiliar na demanda diária da propriedade.
É preciso, contudo, ter cuidado ao realizar instalações, especialmente às questões de segurança.
[elementor-template id=”12428″]Energia reativa
A administração do consumo de energia reativa na propriedade é uma forma de evitar a ocorrência de custos excessivos com energia elétrica, reduzindo assim o custo geral de produção.
Para entender o conceito dessa energia, uma forma simplificada de dizer é que essa é a energia utilizada pelo sistema para eletrificar bobinas, por exemplo, e permitir que a instalação funcione. Portanto, ela é essencial para que o sistema opere, sendo essencial.
No entanto, sistemas que possuem motores elétricos apresentam picos de consumo desse tipo de energia, no momento em que esses motores são ligados.
Controlar o consumo de energia nas partidas são, assim, uma prioridade para o produtor que possua algum sistema que opere a partir de um motor elétrico, especialmente no caso de equipamentos grandes e pesados.
No entanto, essa parcela de energia não realiza trabalho. Esse componente pode afetar diretamente a conta de energia ao derrubar o fator de potência da instalação, por isso é preciso muito cuidado.
Quando realizar uma instalação na sua propriedade, confira com o responsável o fator de potência e a energia reativa do sistema.
Com essas informações é possível garantir um funcionamento adequado e uma tarifa de energia mais baixa possível.
Quando a demanda de energia reativa é muito alta, é recomendável a instalação de um banco de capacitores, isto é, baterias, que reduzem o fator de potência e adéquam a instalação a uma classe de consumo mais baixa.
Produção de Energia: gerando ao invés de gastar
O custo de energia pode ser muito grande para o produtor. Vivemos um período de mudança no campo, empregando-se cada vez mais tecnologia e, com o uso desses recursos, a demanda por energia se torna não apenas mais alta, mas também mais crítica.
Métodos tradicionais de cultivo podem ser menos dependentes de fontes de energia, no entanto, não são capazes de produzir a mesma quantidade de alimento que as formas mais tecnológicas de trabalhar a terra.
Isso está diretamente conectado ao nível de controle das variáveis que interferem no desenvolvimento da cultura.
Com a aquisição de mais e mais tecnologia, é preciso ter garantia de oferta de energia elétrica. Tendo em mente essa nova necessidade, compilamos algumas informações sobre como seria possível para um produtor rural gerar energia em sua própria localidade, abatendo parcial ou totalmente a conta de luz.
Além disso, a oferta de energia local também torna o produtor menos dependente do abastecimento. Isso dá mais autonomia e segurança para o agricultor.
Para diminuir a conta de luz da fazenda, o produtor pode optar por renovar seus equipamentos por versões mais novas e eficientes.
Outra forma de reduzir custos é através de um investimento. Ao instalar uma unidade capaz de produzir energia na propriedade, o agricultor se torna muito mais independente.
Leia também: “8 dicas para economizar energia no campo“
Algumas formas de realizar a produção de energia
Produção de energia via PCH
É possível, havendo o recurso na propriedade, a instalação de uma pequena central hidrelétrica (PCH).
Essa solução, entretanto, pode ser bastante custosa e depende de liberação legal para a operação.
A aquisição de um sistema do tipo se torna ainda mais complexa pelos aspectos legais. É preciso, portanto, ter uma boa assessoria que auxilie nos processos.
Vale ressaltar que, a instalação de sistemas de produção de energia devem sempre ser acompanhados de profissionais da área. Além disso, os laudos, documentos e procedimentos adotados devem sempre ser devidamente registrados.
Uma pequena central hidrelétrica é a versão reduzida de uma usina. Dessa forma, uma PCH pode ser construída imitando a montagem de sua semelhante, apenas em escala menor. No entanto, é possível remover energia do movimento da água com equipamentos diferentes. Essas soluções, apesar de menos eficientes, podem ser a resposta para a demanda de energia doméstica da propriedade, por exemplo.
Produção de energia via movimento da água
Utilizar o movimento da água para produção de energia é uma forma antiga de realizar trabalho. Esse conceito também pode ser utilizado para a produção de energia.
Pequenos geradores elétricos podem ser movidos de diversas formas. A mais simples dentre elas é a boa e velha roda d’água. Ao acoplar uma roda com pás à um gerador elétrico, é possível posicioná-lo à favor da corrente de um rio ou córrego, de forma que a correnteza (ainda que fraca) gere energia constantemente.
Produção de energia via roda d’água
Para termos um exemplo, utilizaremos a montagem de uma roda d’água acoplada a um gerador. Com essa montagem, é preciso que o gerador tenha certa rotação, para que seja capaz de produzir a energia desejada. É preciso então, ao projetar a roda de acordo com a velocidade da água mais constante.
Para adequar a velocidade da roda à necessidade utiliza-se uma relação de transmissão. Essa relação pode ser montada com duas polias, por exemplo. Unidas, claramente, por uma correia ou corrente.
Caso a água tenha um deslocamento muito inferior à necessidade do gerador, isto é, a água tem movimento lento e o conjunto precisa de uma velocidade angular (girar) muito mais alta, realiza-se a instalação de uma polia grande na roda d’água e uma pequena no gerador. Com isso, a cada volta da roda o gerador dará várias voltas, atendendo à demanda necessária.
Um sistema simples como é o caso da roda d’água pode ser utilizado para produzir pequenas quantidades de energia. Entretanto, é bastante eficiente para atender à demanda doméstica, por exemplo. Pode ser também viável em escalas maiores, dependendo da oferta de água para gerar essa energia.
É, assim, uma versão simplificada da PCH. Logicamente, sua eficiência depende da qualidade da instalação e dos componentes. No entanto, têm sido produzidos geradores cada vez mais eficientes e essa opção torna-se, com isso, mais viável e capaz de atender a demandas maiores.
Produção de energia solar
A energia solar tem sido muito falada como alternativa às formas mais tradicionais de produção. No entanto, a sua eficiência pode em muitos aspectos ser questionada.
Seu sistema se inicia a partir da coleta de energia solar, que ocorre através das placas solares, conhecidas como termovoltaicas. Essas placas são capazes de receber a energia solar, em forma de radiação, que incide na placa e agita as cargas elétricas, gerando corrente e assim eletricidade. Para que o processo seja um sucesso, no entanto, é preciso ter a correta angulação das placas.
Como a energia solar depende da incidência das ondas de radiação solar, o ângulo da placa em relação às ondas, quando estas são recebidas, determina o quando da onda pode ser de fato utilizado, em vez de ser apenas refletido.
Portanto, quanto mais próximo de 90º entre a placa e as ondas solares, melhor o aproveitamento desse sistema de produção de energia elétrica.
Produção de energia eólica
Há milhares de anos a humanidade utiliza a força do vento para realizar trabalho pesado. Os moinhos de vento têm auxiliado no processamento de grãos em diversas regiões do mundo. Além disso, essa energia já foi bastante usada para forçar o movimento de água e facilitar a vida das pessoas.
Produção de energia eólica é outra forma bastante comumente falada na mídia atualmente. Pode parecer muito distante da realidade de uma fazenda ou pequena propriedade, no entanto, não é necessariamente assim.
Lembrando o caso da roda d’água, um gerador de energia eólica pode ser montado segundo a escala necessária. Claro que isso depende da oferta de recursos no local. Em outras palavras, é preciso ter vento para que um sistema desse tipo seja viável, logicamente.
Apesar disso, é possível realizar uma instalação de pequeno porte, para suprir ao menos parte da demanda de energia da propriedade. Isso pode ser feito com um pequeno gerador, acoplado a um conjunto de hélices que, ao passar vento, se movimentam e geram energia.
Produção de energia maremotriz
Uma forma alternativa de produzir energia é a instalação de pequenas turbinas no mar. Essa opção, no entanto, só é viável para fazendas com acesso ao mar, como fazendas de camarão. Ao colocar pequenas turbinas com hélices no mar, é possível utilizar as marés e o movimento de ida e volta das ondas para gerar eletricidade.
É importante ressaltar que as hélices desses sistemas são especialmente desenvolvidas para que girem sempre na mesma direção, não importando se a onda está indo em direção à praia ou voltando.
E agora?
As unidades produtoras têm ficado cada vez mais tecnificadas, isso cria um aumento de demanda para energia elétrica. Com isso, os produtores têm que recorrer a fontes de energia localizadas, para garantir seu funcionamento ininterrupto.
Cabe então ao produtor buscar a forma mais conveniente de produzir sua própria energia e ser autossuficiente.
Leia também: “Como economizar diesel na lavoura“
Ótimas informações, gostei bastante.