5 benefícios da inteligência climática na produção de grãos
Entenda como a inteligência climática na produção de grãos pode trazer mais resultados à sua lavoura, reduzindo riscos, gerando economia de insumos e até elevando a produtividade
O clima e as condições meteorológicas são fatores determinantes na produção mundial de grãos, isso porque, todas as culturas têm uma temperatura ideal de desenvolvimento e uma quantidade de água necessária para sua produção.
Assim, nos últimos anos, com as mudanças no clima, os fenômenos meteorológicos têm sido mais acentuados e mais prolongados, mudando a dinâmica na produção de grãos em muitas regiões.
Além disso, a agricultura está passando por uma fase aonde os custos de produção estão cada vez mais elevados e as condições em campo desfavoráveis, o que tem sido um grande entrave para os agricultores.
Neste contexto, a inteligência climática na produção de grãos tem um papel muito importante: ajudar os produtores a lidarem com os efeitos adversos do tempo e ainda atingirem altas produtividades.
Então, venha saber como!
Impacto das variações climáticas na produção de grãos
O clima tem sido um dos principais determinantes na produção de grãos nos últimos anos.
As variações climáticas têm ocasionado perdas de grandes áreas, devido às estiagens mais prolongadas que o comum e às temperaturas mais elevadas em épocas do ano que geralmente são mais amenas.
Em outras regiões, chuvas em excesso tem sido prejudicial, além da agricultura, há cidades que não estão comportando o excesso de água em pouco tempo.
Estas ocorrências ainda são influenciadas pelos fenômenos de La Niña e El Niño.
Em resumo, em anos de La Niña, a temperatura aumenta e a frequência de chuvas diminui nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, podendo ter longos períodos de estiagem. Já na região Norte e Nordeste chove acima da média.
O El Niño, por sua vez, é quase o oposto do La Niña, com chuvas mais frequentes na região Sul do país e redução das chuvas na região Nordeste.
Os produtores já estão habituados às mudanças na circulação atmosférica devido a estes fenômenos. Entretanto, nos últimos anos, os efeitos destes eventos estão sendo mais acentuados e com maior duração.
Assim, fatores que são alguns dos pilares para as altas produtividades – como a disponibilidade hídrica e a temperatura do ar e – têm sido diretamente influenciados por estas mudanças.
Por isso, as variações climáticas têm tido um grande impacto na produção de grãos em todo o mundo, afetando, inclusive, agricultores mais experientes.
Consequências na rentabilidade do produtor e no mercado de commodities
As condições meteorológicas afetam diretamente o manejo diário no campo, podendo impactar na produtividade final da lavoura.
Isto porque, a agricultura é uma empresa a céu aberto.
Assim, mesmo que o produtor tenha realizado, antes e durante a implantação da lavoura, o manejo adequado, investido em produtos e adubação corretos, ainda é possível que não obtenha os resultados esperados.
Então, um produtor que fez um investimento buscando colher 5.000 kg de soja por hectare, por exemplo, e acabar colhendo apenas 3.000 ou 4.000 kg devido às variáveis meteorológicas (por exemplo, falta de chuvas, geadas etc). esta perda de produção pode reduzir drasticamente sua rentabilidade.
O mesmo ocorre no mercado de commodities. As incertezas sobre as condições ao longo de uma safra podem trazer insegurança ao mercado e volatilidade de preços.
Além disso, a ocorrência de eventos extremos como geadas ou estiagens severas que derrubam a produtividade das lavouras, é capaz de influenciar no mercado internacional de commodities.
Isso porque, com a menor oferta ou a expectativa de menor oferta, o preço tende a subir. Isso pode influenciar outros países concorrentes a ampliarem sua área de plantio ou ganharem maior espaço no mercado de determinada commodity em uma safra.
O oposto, por sua vez, também é válido.
Assim, fica fácil ter uma ideia de como o impacto do clima e das condições meteorológicas na lavoura têm reflexos para além do campo.
Por isso, hoje a agricultura, não basta apenas comprar insumos e esperar que as condições ao longo da safra sejam as ideias.
É preciso investir em inteligência climática na produção de grãos.
Inteligência climática na produção de grãos
Para lidar com os desafios impostos pelo clima e as condições meteorológicas, é preciso monitorá-los, pois, só assim é possível tomar as decisões com maior precisão.
Neste contexto, a inteligência climática na produção de grãos tem um papel essencial: ajudar o produtor a aumentar a produtividade da sua lavoura, ter maior sustentabilidade e ser resiliente ao clima.
Isso pode ser feito através de tecnologias que coletam e processam dados e, em seguida, os transformam em parâmetros para a tomada de decisão.
Para a coleta de dados, é possível começar utilizando sensores como estação meteorológica, pluviômetro digital, sensores de umidade de solo etc que monitorem em tempo real:
- a temperatura e umidade do ar;
- velocidade e direção do vento;
- ponto de orvalho;
- umidade do solo;
- volume de chuvas;
- etc.
Os dados coletados podem, então, ser processados a partir de algoritmos e serem transformados em inteligência que fornece, diariamente, informações em tempo real sobre:
- o balanço hídrico do solo;
- a evapotranspiração da cultura;
- a demanda de água pela planta em determinada fase de seu desenvolvimento;
- etc.
Além disso, soluções como imagens NDVI, por exemplo, ainda permitem acompanhar a saúde da lavoura, observar falhas de plantio, ataque de pragas, doenças e muito mais.
Com essas informações em mãos, fica muito mais fácil fazer o planejamento diário das operações em campo.
5 benefícios da inteligência climática na produção de grãos
1. Uma irrigação muito mais eficiente
Imagine um agricultor que possui sistema de irrigação e tenha uma estação meteorológica na área, com uso de sensores de umidade do solo e uma plataforma capaz de processar esses dados e transformá-los em inteligência.
Conforme a seca vai se prolongando e ocorre diminuição da umidade do solo, por meio dessa plataforma, o sistema manda um alerta para o celular do produtor, baseado no estádio fenológico da cultura em campo, informando a quantidade exata de água necessária na irrigação.
Com isso, além do produtor ter sua lavoura irrigada no momento correto, com a quantidade de água ideal, o que pode elevar a sua produtividade, ele ainda terá economia de água e energia.
2. Mais segurança na semeadura
Nos últimos tempos, os veranicos estão mais frequentes, ocorrendo atrasos na semeadura, o que prejudica todo o planejamento de safra do ano agrícola.
Se a área possui sistema de monitoramento climático, os dados são mais exatos e o produtor pode observar pelo aplicativo, por exemplo, a previsão meteorológica da sua área e semear antes da chuva, não havendo necessidade de esperar secar o solo para ocorrer a semeadura.
Além disso, com as sementes já depositadas nas linhas, o aproveitamento da água se torna melhor, pois o solo terá água suficiente para a germinação e emergência.
3. Maior eficiência e economia na aplicação de defensivos
Os ventos podem atrapalhar, e muito, uma boa pulverização da lavoura.
Isso porque, tanto a falta de ventos quanto o excesso são prejudiciais na aplicação, podendo levar à ocorrência de derivas e evaporação, o que prejudica que o produto alcance o alvo.
Como consequência, isso pode levar à falhas no manejo de pragas, doenças e plantas daninhas.
A temperatura também irá influenciar neste momento, pois, temperaturas elevadas favorecem a evaporação do produto aplicado.
Assim, ao monitorar as condições meteorológicas na lavoura, é possível verificar a velocidade e direção do vento e temperatura do ar, conseguindo aliar estas informações e determinar os melhores horários para pulverização, obtendo maior aproveitamento do produto.
Na prática, isso representa economia, maior eficiência e menor risco de impacto socioambiental.
4. Melhor planejamento na colheita
A colheita é o momento de obter os grãos de uma safra bem cuidada e desejada. Mas, a espera para realizar esta operação às vezes é demorada.
E esperar que os grãos atinjam a umidade necessária para colheita pode demorar devido às condições meteorológicas.
Por vezes, a chuva chega no momento da colheita e não é difícil se deparar com a lavoura de soja pronta, mas impossibilitada de ser colhida, uma vez que as máquinas não podem entrar na área.
Isso é ainda pior se isso afetar de forma negativa a qualidade dos grãos.
Ter um sistema de monitoramento te auxilia na tomada de decisão de quando colher, por exemplo: se os grãos estão com 17% ou 16% de teor de água e há expectativa de chuvas e temperaturas amenas para a semana seguinte, em determinadas situações, o melhor pode ser optar por colher a safra com os grãos com uma umidade um pouco mais alta do que perder qualidade em campo.
5. Mais eficiência na hora de tomar decisões sobre a saúde da lavoura
As pragas e doenças são redutores de produtividade das lavouras. De acordo com estudos, a falta de controle ou o controle tardio pode gerar reduções de até 30% na produção de soja.
Vale lembrar que, as condições meteorológicas influenciam direta e indiretamente no ocorrência, frequência e permanência das doenças e pragas na lavoura.
No caso da ferrugem da soja, por exemplo, quando as condições meteorológicas favorecem que ocorra o molhamento foliar de (no mínimo) 6 horas consecutivas e que as temperaturas fiquem entre 18ºC a 22ºC, a doença pode se proliferar.
Assim, se não for feita uma aplicação no momento e da forma adequada, há grandes as chances de haver problemas com ferrugem na lavoura.
O mesmo acontece com as pragas, como a mosca branca.
O ciclo da mosca está diretamente relacionado com a temperatura do ar: em temperaturas amenas, de cerca de 16ºC, o período para esta praga completar o seu ciclo é maior, entre 70 dias.
Porém, quando a temperatura chega a 25ºC, o ciclo é mais rápido, levando apenas 22 dias, aproximadamente.
Além disso, se as condições forem de tempo seco e quente, as moscas podem ter duas ou mais gerações na mesma área.
Assim, é preciso redobrar a atenção para evitar realizar pulverizações de controle de forma tardia.
Por isso, é importante conhecer essas informações e cruzá-las com o monitoramento da lavoura.
Somente desta forma é possível realizar uma aplicação correta.
Na prática: inteligência climática na produção de grãos
É possível atingir todos esses benefícios através da inteligência climática na produção de grãos.
Com as soluções da Agrosmart você pode saber exatamenete:
- Qual o melhor momento para realizar uma aplicação ou adubação;
- Quando entrar com o maquinário;
- Quais as chances de ocorrência de doenças, a partir do ponto de orvalho;
- Se a sua lavoura for irrigada, quando e quanto irrigar a partir da demanda hídrica da planta;
- Qual a evapotranspiração da sua lavoura;
- Se há chances ou não de geadas;
- E ainda receber alertas personalizados te avisando, por exemplo, se as condições podem favorecer o aparecimento da mosca-branca ou da ferrugem;
- E muito mais.
Perguntamos a um de nossos parceiros, o produtor de soja, milho e gado, Douglas Winck, de São Gabriel (RS) como a inteligência climática tem facilitado o trabalho ni dia a dia em sua lavoura:
Hoje conseguimos fazer as aplicações recomendadas de maneira mais eficiente porque sabemos se a velocidade e a direção do vento estão boas para aplicar, se a temperatura e umidade estão adequadas para realizar uma aplicação.
Antes não tínhamos esse controle, acabava reduzindo a eficiência e por consequência aumentando o custo com defensivos.
Douglas Winck, produtor de soja, milho e gado – São Gabriel (RS)
Leia mais aqui: Agropecuária Santa Catarina: inteligência climática na produção de soja e milho
Conclusão
Para se ter uma produtividade elevada não basta apenas investir em insumos, é preciso ter ferramentas de inteligência climática na produção de grãos para tornar cada decisão do seu dia a dia mais eficiente.
Com as variações climáticas, que estão mais acentuadas nos últimos tempos, incorporar no seu dia a dia o acompanhamento meteorológico é fundamental.
Assim, a inteligência climática na agricultura veio no sentido de antecipar as condições meteorológicas para auxiliar o produtor a tormar melhores decisões (e de forma mais rápida) em campo.
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