Imagine ter uma visão ampla de toda sua fazenda, plantação e de cada talhão.
Ser capaz de identificar, em questões de segundos, tanto as áreas que apresentam menor produtividade devido a problemas como pragas, doenças ou falhas no sistema de irrigação, quanto as regiões onde a produtividade é superior.
Isto já é possível e viável para os produtores rurais no Brasil, graças às tecnologias de sensoriamento remoto.
As imagens de satélites são utilizadas há muito tempo pelos mais diversos setores. Porém, foram através dos avanços tecnológicos e da redução significativa dos custos que tornaram viável a aplicação em larga escala destas tecnologias na agricultura.
Isto representa um grande potencial de avanço na busca pelo aumento da produtividade agrícola.
Pois, o processamento digital de imagens de satélite permite que os produtores possam identificar anomalias na lavoura e tomar ações corretivas ao longo da safra, obtendo assim melhores resultados.
O que é uma imagem de satélite?
As imagens de satélite são obtidas a partir de sensores fixados em satélites que orbitam o planeta.
Essas imagens são utilizadas em diferentes áreas de conhecimento. Desde as engenharias civil e ambiental até a engenharia agronômica têm utilizado as imagens de satélite para monitoramento das cidades, campos, florestas, corpos d’água e áreas de mineração.
Apesar dos benefícios, os sensores existentes em câmeras comuns não conseguem captar um grande número de espectros. Em outras palavras, é como enxergar utilizando o olho humano, que capta uma faixa muito estreita do espectro.
Imagens espectrais e processamento de imagens: como funcionam?
Sensores especiais, embutidos nos satélites, conseguem captar faixas espectrais para as regiões além das que os olhos dos seres humanos não conseguem enxergar, como a região Ultravioleta e Infravermelha.
Estes tipos de equipamentos registram imagens espectrais, ou seja, um conjunto de imagens, dentro do mesmo objeto, representadas cada uma delas com diferentes comprimentos de onda.
O processamento digital de imagens (PDI) tem como objetivo facilitar a identificação e a extração das informações contidas nessas imagens para análise.
Para isto, são utilizados softwares específicos e um conjunto de processos.
[elementor-template id=”12428″]Porquê utilizar imagens de satélite na agricultura?
Esta tecnologia permite visualizar anomalias tanto na plantação e no solo, quanto em florestas e nos corpos d’água.
Pode-se dizer que o infravermelho é “primo” do raio-x, e ao mesmo tempo que o raio-x nos dá informações de anomalias em seres humanos, como por exemplo um osso quebrado, o infravermelho pode nos trazer a possibilidade de identificar anomalias na plantação como:
- Problemas de fitossanidade;
- Nematóides;
- Estresse hídrico;
- Erosões;
- Falhas no sistema de irrigação;
- Entre outros.
Como utilizar imagens de satélite para a agricultura?
O NDVI é um exemplo de como as imagens de satélite podem ser processadas digitalmente para uso na agricultura.
A sigla significa, em tradução livre, Índice de Vegetação da Diferença Normalizada.
De forma prática, é um índice que analisa a condição da vegetação no campo.
O resultado do processamento destas imagens mostram diferentes colorações, indicando quais são as áreas que apresentam maior densidade vegetativa, o que na lavoura significa maior produtividade, e também as áreas com menor densidade vegetativa, ou com algum tipo de anomalia.
Desta forma, o produtor rural pode analisar essas imagens, identificar potenciais problemas, e por fim, tomar ações para corrigir as falhas, reduzindo perdas e elevando a produtividade.
Quais são os benefícios do uso de imagens NDVI?
O uso de imagens NDVI pode trazer uma série de benefícios à agricultura, como por exemplo:
- Visão ampla e detalhada da sua fazenda e lavoura, topografia, solo e vegetação;
- Análise das falhas de plantio;
- Análise da fotossíntese e produtividade das culturas;
- Análise da superfície do solo, assim como das erosões e da presença de nematóides;
- Registro de imagens e documentos da sua lavoura durante o tempo.
Um exemplo prático de aplicação do NDVI
A Agrosmart fornece aos seus clientes imagens de satélite processadas digitalmente.
Desta forma, eles podem identificar anomalias na plantação e tomar ações corretivas para evitar perdas de produtividade.
Nesta imagem abaixo, é possível observar anéis de coloração amarelada próximos à torre central do pivô que está mais ao centro da imagem.
Isto pode significar problemas nos bicos aspersores do pivô central. Esta falha, acaba comprometendo o rendimento da lavoura em determinadas regiões.
A identificação de problemas como neste caso permite tomar as devidas atitudes de correção, evitando perdas na produtividade da safra.
Usuários que já utilizam esta tecnologia, tem acesso a um acervo com as diversas imagens obtidas durante o ciclo, podendo analisar, com uma visão diferenciada e ampliada, todas as mudanças na lavoura desde o plantio até a colheita.
Além disso, todos os registros são armazenados e podem ser acessadas e analisadas sempre que o produtor desejar.
Plataforma de inteligência climática BoosterPRO
A BoosterPRO, plataforma de inteligência climática da Agrosmart, conecta o produtor à sua lavoura.
Por meio de sensores em campo, imagens de satélite, previsão de tempo e computação em nuvem, monitoramos lavouras em tempo real para ajudar os produtores a tomarem decisões mais precisas em campo.
Como resultado, é possível reduzir custos, economizar água e aumentar a produtividade da sua lavoura.
Quer saber mais sobre o uso imagens de satélite NDVI e NDMI com a BoosterPRO? Mande uma mensagem para nossa equipe que vamos esclarecer todas as suas dúvidas!
Conclusão
Em resumo, é possível obter as imagens de satélite a partir de sensores fixados em satélites que orbitam o planeta.
Tais imagens podem ser processadas de diversas formas. Uma delas é o NDVI que tem uma aplicação muito útil na agricultura.
O NDVI permite que produtores monitorem suas áreas à distância e tenham uma visão integrada da saúda da lavoura.
Além disso, as imagens de satélite – e, por consequência, o NDVI – são apenas uma das várias ferramentas disponíveis quando falamos em cultivo inteligente ou agricultura digital 4.0, e que podem facilitar a tomada de decisões em campo, colaborando para o alcance de melhores resultados produtivos.
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