Como classificar o solo da sua lavoura
O conhecimento dos tipos de solo é essencial para obtenção de sucesso na atividade agrícola, afinal ele é o recurso natural base para a lavoura.
Diversas questões agronômicas e ambientais podem ser solucionadas ao entender o tipo do solo de sua lavoura.
Assim, a classificação dos solos é importante para entender a produção agrícola e o seu comportamento no ecossistema, bem como mapear a propriedade rural para um manejo agrícola adequado e rentável em toda área.
Além de trazer benefícios diretos na produtividade, ter um bom entendimento – se é um solo argiloso ou um solo arenoso, por exemplo – ajuda na comunicação entre todas as pessoas que trabalham utilizando a terra.
Por isso, trazemos nesse post as principais informações para ajudar você a entender melhor os aspectos relacionados a diferentes tipos de solo e a influência na produtividade agrícola.
Como classificar os diferentes tipos de solo?
No mundo existem muitas maneiras de classificar um solo, os sistemas mais conhecidos internacionalmente são o norte americano, “Keys to Soil Taxonomy”, do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e o sistema da FAO/ONU (Nações Unidas), “WRB Soil Resources”.
Cada sistema utiliza diferentes propriedades do solo para classificá-lo, como:
- Cor, que permite analisar o teor de matéria orgânica, tipos de óxidos de ferro do solo etc;
- Textura, que indica a proporção de areia, silte e argila presente no solo;
- Profundidade;
- Drenagem;
- Porosidade;
- Teor de matéria orgânica, entre outros.
O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos é o mais utilizado no Brasil e tem muita influência do sistema da FAO/ONU e Norte americano. E, embora não seja tão específico quanto o sistema norte americano, ele contém classes de solos tropicais especiais para o território brasileiro.
Assim, não existe o melhor sistema, apenas há uma diferença na observação e organização dos atributos do solo para sua classificação.
Características dos tipos de solo
Confira, a seguir, 4 tipos de solos presentes no Brasil – a partir do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – e as suas principais características, com relação à fertilidade, capacidade de armazenamento de água, risco de erosão etc.
A partir dessas informações, é possível realizar um manejo adequado do solo da sua lavoura, evitando problemas como erosão e compactação.
Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico espessarênico abrúptico
- Arenoso em superfície com incremento de argila em profundidade;
- Alta capacidade de armazenamento de água em profundidade;
- Alto risco de erosão;
- Baixa fertilidade natural;
Latossolo Vermelho Acriférrico típico
- Argiloso em superfície e em profundidade;
- Bem drenado;
- Com alta fertilidade natural;
- Bem profundo.
Cambisso Háplico textura arenosa
- Pode haver pedregosidade limitando a mecanização;
- Alta fertilidade natural;
- Em alguns casos são rasos, sendo uma limitação para algumas culturas;
- Bem drenado e com baixa capacidade de retenção de água;
- Pode ter problemas com erosão dependendo da declividade da área.
Neossolo Litólico Eutrófico fragmentário
- Muito rochoso e declivoso, sendo duas limitações para a mecanização da área;
- É um solo bem raso, o que também pode ser uma limitação para algumas culturas;
- É suscetível à erosão.
Conclusão
Saber identificar e classificar os tipos de solo são fatores decisivos para a tomada de decisão do produtor, tanto no manejo das terras e das lavouras quanto nos diversos investimentos para o aumento da produtividade.
Além disso, conhecer as características do solo e como elas podem limitar ou favorecer a produção agrícola é fundamental. Isso porque, cada um dos tipos de solo pode apresentar diferentes aptidões para o cultivo das culturas.
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