Agrosmart e Nestlé | Tecnologia digital para uma cafeicultura mais sustentável

Por uma cafeicultura sustentável: com tecnologia, propriedades de Linhares (Espírito Santo) reduzem em 56% consumo de água na irrigação do café conilon em projeto da Nestlé com a Agrosmart

Em um ano de análises de resultados preliminares de um projeto que utiliza tecnologia digital para economizar água, aplicado em dez propriedades cafeeiras na região de Linhares, no Espírito Santo, a Nestlé Brasil chegou a dados que mostram o quanto a tecnologia digital é uma parceira
importante para o produtor rural
.

A Companhia utiliza a ferramenta digital desenvolvida pela Agrosmart, agtech que utiliza tecnologia e design para trazer inteligência climática ao campo e implementar práticas ESG ao longo de toda a cadeia agroalimentar.

Inteligência climática para uma cafeicultura sustentável

Neste caso, a plataforma utiliza informações de 10 sensores de solo para medir a umidade, 10 pluviômetros que mensuram a quantidade de chuva, estação meteorológica que faz o monitoramento das condições atmosféricas, previsão do tempo e sistema de manejo do uso de água para orientar diariamente o produtor sobre a necessidade de irrigação da lavoura, assim como a quantidade ideal a ser
utilizada.

Agrosmart e Nestlé | Tecnologia digital para uma cafeicultura mais sustentável
Agrosmart e Nestlé | Tecnologia digital para uma cafeicultura sustentável

Diariamente, os cafeicultores beneficiados pelo programa recebem via WhatsApp as métricas obtidas através da tecnologia implementada e a recomendação para o período sobre a quantidade adequada e o tempo para acionar e desligar os sistemas de irrigação.

O projeto vem coletando dados, monitorando, reportando e verificando parâmetros ambientais, sociais e de governança desde 2019.

Agora, reporta seus primeiros resultados consolidados considerando o fechamento fevereiro/2021 a abril/2022, a Companhia analisa a eficiência da iniciativa a partir dos dados obtidos e desenha práticas voltadas à conservação de água, além de avaliar como dar escala à iniciativa.

Com isso, considerando as 10 propriedades rurais, houve uma economia de 44 milhões de litros de água, o que representa uma redução de 56% no volume destinado à irrigação dessas fazendas parceiras.

Na comparação com o manejo antigo, à base de turnos de rega, houve também uma economia de 63% no consumo de energia elétrica.

O objetivo do projeto é ampliar a eficiência hídrica ao otimizar o uso de água em regiões mais susceptíveis a períodos de seca, sendo fundamental para a produção de café Conilon no Espírito Santo – principal estado produtor da espécie, segundo dados do Censo Agro de 2017 do IBGE – e para a Nestlé, uma das maiores compradoras deste café no País.

Agrosmart e Nestlé | Tecnologia digital para uma cafeicultura mais sustentável
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Essa é uma iniciativa dentro do programa Cultivado com Respeito, que conta com técnicos agrícolas e agrônomos que trabalham com foco na sustentabilidade das propriedades rurais e na evolução do café conilon, oferecendo eventos como palestras e treinamentos técnicos, além de concursos
de qualidade. Para esse projeto, foram consideradas propriedades familiares entre 5 e 20 hectares.

“A gestão da água de forma eficiente é fundamental para criar soluções de negócios de longo prazo e impactar positivamente em práticas agrícolas mais sustentáveis e regenerativas. Ao termos um conjunto de dados em tempo real, conseguimos otimizar o uso de água e incluir tecnologias digitais no dia a dia dos produtores rurais parceiros.”

Rodolfo Clímaco, Gerente de Agricultura na Nestlé Brasil

Os produtores participantes têm elogiado a economia e também a qualidade da lavoura. O produtor Douglas Peruchi, de Linhares, com mais de 25 anos de vivência com a cultura do café, conta que ao ter acesso a tecnologias digitais em seu dia a dia, e a um conjunto de dados em tempo real, conseguiu otimizar o uso de água e energia.

Agrosmart e Nestlé | Tecnologia digital para uma cafeicultura mais sustentável
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“O uso consciente e correto do recurso na irrigação, associado a práticas de manejo, análises da umidade do solo e orientações para a adequada nutrição, tudo isso traz ganhos para economia de água e energia, mas também maior qualidade para a lavoura, com maior homogeneidade da produção.”

Douglas Peruchi, cafeicultor de Linhares (ES)

‘Cultivado com respeito’ por uma cafeicultura sustentável

Na cadeia do café, o Nescafé Plan – que no Brasil, ganhou o nome de Cultivado com Respeito –, é o maior programa de sustentabilidade de café no mundo.

Na prática, o Programa Cultivado com Respeito mira a sustentabilidade e a melhoria contínua da qualidade: os agricultores aderem a um código de conduta que garante o controle de rastreabilidade, implementação de boas práticas agrícolas, sustentabilidade do negócio e a certificação.

A Nestlé é a maior compradora de café sustentável e certificado no Brasil. Atualmente, a Nescafé compra 100% do seu café de origem certificada e possui total rastreabilidade em sua cadeia.

Os produtores são certificados pelo 4C – o Código Comum da Comunidade Cafeeira –, o sistema número 1 do mundo para certificação de sustentabilidade e garantia do cultivo e processamento sustentável de café.

Metas para um futuro regenerativo 

Em agricultura, para atingir a meta global da Companhia de ser Net Zero até 2050, será necessário acelerar a implementação de práticas agrícolas mais sustentáveis.

Iniciativas como essa integram um amplo plano em regeneração e a jornada percorrida pela Nestlé dentro de seus compromissos em sustentabilidade no Brasil. 

A Nestlé Brasil, por sua representatividade e tamanho de mercado, atua para liderar a agenda de sustentabilidade no setor da alimentação e a transição para sistemas alimentares regenerativos em
escala. 

Dessa forma, são três pilares rumo à meta climática global de reduzir pela metade as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2030 e atingir emissões líquidas zero até 2050: 

  • agricultura regenerativa, que gera impacto positivo por meio das principais cadeias fornecedoras, com foco em conservação, reabilitação e aumento de produtividade;
  • circularidade, que reduz e elimina o desperdício na cadeia de embalagens;
  • e bioeconomia, que valoriza os biomas brasileiros e suas comunidades por meio de negócios sustentáveis.

Assim, foram definidas como metas para o Brasil até o ano de 2025:

  • obter 30% das principais matérias-primas por meio de práticas regenerativas;
  • coletar e reciclar o equivalente a todo o plástico colocado no mercado brasileiro;
  • e conservar 300 mil hectares na Amazônia, gerando renda e promovendo educação para 4 mil pessoas.

Agrosmart para um futuro mais sustentável

A Agrosmart é uma agtech brasileira com foco em impacto e que atende 100 mil produtores em mais de 9 países na América Latina, por meio de soluções que oferecem inteligência climática para agricultores e empresas ao longo de todo o agronegócio que querem transicionar para uma cadeia de suprimentos mais produtiva, sustentável e resiliente ao clima.

Através de tecnologia desenvolvida a partir da coleta e processamento de dados e com foco em Climate-Smart Agriculture e práticas ESG.

Enquanto empresa focada em impacto, a Agrosmart tem a missão de colaborar para que os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, presentes na Agenda 2020/2030, sejam alcançados, e trabalha ativamente nos de número 2 (fome zero), 5 (igualdade de gênero), 6 (água potável e
saneamento), 8 (emprego digno e crescimento econômico), 10 (redução das desigualdades), 11 (cidades e comunidades sustentáveis), 12 (consumo e produção responsáveis), 13 (combate às mudanças climáticas) e o 15 (vida terrestre).

Por isso, a agtech tem trabalhado monitorando, reportando e verificando parâmetros ambientais, sociais e de governança; atuando na cadeia de bioprodutos na Amazônia, bem como em outras iniciativas que visam alavancar práticas agrícolas mais sustentáveis – como a agricultura regenerativa – e ajudar empresas a cumprirem suas metas de sustentabilidade.

A Agrosmart acredita que não é possível traçar estratégias de desenvolvimento sustentável, e preservação do meio ambiente e recursos naturais, sem falar de agricultura, agronegócio e tecnologia.

Notícia publicada originalmente em A Gazeta

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