Conectividade no campo – Agrosmart é destaque em reportagem do jornal Valor Econômico
A Agricultura Digital traz novas possibilidades ao campo, permitindo que o produtor rural possa tomar melhores decisões para produzir mais, com menos. Porém, o uso de muitos desses sistemas que fazem parte da transformação digital nas lavouras exigem conexão de internet nas fazendas. Este é o tema abordado na reportagem “Lavoura sem internet limita avanço de precisão no campo” que o Jornal Valor Econômico publicou na edição de hoje, 24 de Janeiro.
Segundo a reportagem, uma pesquisa feita com 3000 produtores mostra que independente do tamanho da fazenda, mais da metade das propriedades possuem acesso à internet em pelo menos um ponto da fazenda. Já nas fazendas de grande porte, com áreas acima de 5000 hectares, a relação chega a quase 100% com acesso à internet.
Porém, quando se comparado com a disponibilidade de conexão 3G, a proporção cai drasticamente. Apenas 2 em cada 10 fazendas possuem este tipo de conectividade. Isto é um fato extremamente relevante em termos de conectividade no campo, já que a maioria das soluções que utilizam sensores no campo, sejam elas nacionais e estrangeiras, dependem deste tipo de conexão na lavoura. Isto acaba inviabilizando muitas das soluções, dado o fato de não se adequarem a realidade de infraestrutura existente nas fazendas do Brasil
Segundo a reportagem, “Para contornar a baixa disponibilidade, a Agrosmart desenvolveu dispositivos similares ao modem acoplados a seus sensores. Grosso modo, eles conseguem repassar os dados de campo de um ao outro no raio de 14 km – tal como o repetidor faz em casa -, até que a informação chegue a sede da fazenda.” Deste modo, o sistema se adapta as restrições de cada fazenda, até que a comunicação com a internet seja feita com sucesso. Isto fez com que grande parte das barreiras de conectividade no campo fossem superadas.
Ter a lavoura conectada, utilizando sistemas como da Agrosmart, por exemplo, permite que o produtor possa monitorar a lavoura a distância, ganhar agilidade e eficiência na operação do dia a dia na fazenda, explica Mariana Vasconcelos fundadora da Agrosmar: “A aplicação química, por exemplo, é dividida por talhões. Cada dia, um recebe a aplicação. Mas no caminho começa uma chuva repentina. Se o produtor não estiver conectado, ele não consegue ver a informação [ transmitida por sensores de campo] e cancelar ou redirecionar a operação para outra área. […] Ter informação online é a diferença no tempo de resposta a uma situação.”