4 dicas importantes após implantar um sistema de irrigação

O Brasil tem aproximadamente 8,2 milhões de hectares equipados para irrigação, de acordo com a ANA (Agência Nacional de Águas) em 2021, mas esse número tende a crescer nos próximos anos.

A estimativa é de que sejam incorporados novos 4,2 milhões de hectares irrigados até 2040.

Isso porque, a irrigação é capaz de aumentar a produtividade em até três vezes e o valor do produto em até sete.

No entanto, de acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a agricultura irrigada utiliza apenas 20% da área terrestre cultivada do planeta, mas produz 40%  dos alimentos.

Hoje, dentre as culturas mais irrigadas temos: a soja, o milho, o feijão e pastagens por pivô central; e hortifrúti, ou seja, frutas e hortaliças que, de modo geral, utiliza o gotejamento.

Dessa forma, podemos ver a importância da implantação de sistemas de irrigação no crescimento da produtividade agrícola do país.

Além disso, a atividade auxilia a reduzir o impacto causado pelas mudanças climáticas.

Pelos números, porém, vemos que muitos produtores estão fazendo o manejo da irrigação pela primeira vez acabam tendo dúvidas durante este processo.

Assim, para ajudar o produtor com dúvidas no assunto, trazemos 5 dicas para que a transição de lavoura de sequeiro para irrigada seja um sucesso.

Recomendações para uma boa gestão da irrigação

Irrigação: áreas irrigadas no mundo e a sua contribuição para a produção de alimentos
(Fonte: FAO)

Cuidado com o impacto dos custos com energia elétrica

Com a implantação de um sistema de irrigação, é necessário avaliar o custo da energia elétrica nas suas finanças.

O investimento na irrigação aumenta a produtividade mas tem um custo que pode ser significativo. Porém, existem meios de reduzir os gastos com a energia elétrica do sistema de irrigação.

Uma das alternativas é utilizar o horário em que a tarifa de energia elétrica é mais barata, durante a madrugada. Além disso, diversas distribuidoras de energia possuem programas que estimulam a ligação do sistema de irrigação após o horário de pico, que vai das 21:30 até as 06:00.

Vale a pena procurar a empresa responsável pela energia elétrica de sua região e se informar dos contratos sobre tarifa verde para sistemas de irrigação.

Leia também: 3 Formas de reduzir os seus custos com irrigação

Irrigar não é só jogar água!

A irrigação é um processo que utiliza o manejo dos recursos hídricos, monitoramento e identificação do consumo de água pelas plantas, capacidade de retenção de água pelo solo e perda de água para o ambiente.

O objetivo é o de aplicar a quantidade necessária de água para a cultura naquele exato momento.

O manejo da irrigação demanda:

  • Planejamento das atividades na propriedade;
  • Mapear a fonte do recurso hídrico;
  • Saber a quantidade de água que precisará ser armazenada, se esse for o caso para a região.

Assim, para saber exatamente o quanto e quando irrigar é preciso coletar dados das condições ambientais, como de evapotranspiração e umidade do solo, por exemplo.

Invista em tecnologia

Como já falamos nesse post, investir em tecnologia no manejo da irrigação traz diversos benefícios.

Muitos produtores utilizam ou já utilizaram, no passado, equipamentos como tensiômetro para auxiliar no manejo da irrigação.

Estas tecnologias tradicionais permitem obter mais informações para tomada de decisão. Porém, apresentam inconvenientes como a complexidade de manuseio, necessidade de calibração frequentes e falta de praticidade para coleta e interpretação de dados.

Hoje, a Agricultura Digital trouxe soluções para esses inconvenientes relacionados a tecnologias mais antigas e tradicionais.

Através de tecnologias como sensores, imagens de satélite, processamento de dados, os sistemas inteligentes geram informações relevantes para auxiliar na tomada de decisão.

Com isso, o produtor consegue monitorar sua lavoura pelo computador ou celular, de onde estiver.

Assim, o manejo da irrigação é feito de acordo com a necessidade hídrica real da planta, de modo a aumentar a produtividade e reduzir custos operacionais.

Além disso, há:

  • A economia de água, ao irrigar a quantidade exata sem desperdícios;
  • E economiza com mão de obra, pois não é preciso mais ir à campo verificar as condições a todo instante.

Desta forma, a tecnologia deve ser vista como seu braço direito na tomada de decisão no campo de modo que facilite seu dia a dia de trabalho e maximize seus ganhos.

Mantenha a manutenção do sistema de irrigação em dia

Os diversos sistemas de irrigação precisam de cuidados especiais para o seu correto funcionamento, que garantam sua eficiência e durabilidade.

Nos sistemas que utilizam o pivô central, deve-se tomar cuidado com o local por onde as rodas passarão, pois pode ocorrer atolamento durante o funcionamento do sistema.

Também é importante estar atento à calibração dos aspersores, que podem desregular, comprometendo a eficiência na utilização da água e na produtividade da lavoura.

Nos sistemas de irrigação por gotejamento, a utilização de filtros é essencial para garantir que os gotejadores não apresentem entupimento. O cuidado deve ser ainda maior principalmente em fontes hídricas com muitos sólidos dispersos.

Conclusão

Em um primeiro momento, a quantidade de cuidados pode assustar.

Mas quando olhamos para o retorno em produtividade, cada real investido na transição da lavoura de sequeiro para irrigada vale a pena.

E esse retorno tanto pode vir em através do aumento de produtividade, quanto da redução de custos.

Ficou com alguma dúvida? Está implantando agora o seu sistema de irrigação? Fale com um consultor e descubra como podemos ajudar você na irrigação de sua lavoura.

Por Thiago Fantim

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